Tempos Modernos?
Era uma vez... os tempos em que os “pais” saíam cedo de casa para trabalhar, voltavam para o almoço, iam trabalhar novamente e, logo à noite, voltavam para casa. Assim passavam-se cinco dias até o fim-de-semana. Folga nos sábados e domingos para o belo e feliz entretenimento em família - ou para pôr a casa em ordem, visitar os avós, o que fosse. Trabalho no fim-de-semana? Nem pensar... Sistematicamente, as semanas passavam assim. Porém, a evolução tecnológica das últimas décadas gerou automação industrial. As pessoas, em vez entrarem nas empresas, saíam. Selecionavam-se as mais “qualificadas”. Surgiu uma consciência comum entre todos – e de bom senso, não nego – de que os empregados mais qualificados e competentes seriam mais produtivos. Assim, (dizer que “para todos” é generalizar um pouco as coisas, mas) ter diploma, mestrado e ser um poliglota se tornaram pré-requisitos elementares para qualquer cargo mais vil.
O – bom – profissional, hoje, leva o trabalho para casa. O – bom – profissional, hoje, está disponível para o trabalho na hora de almoço, nos finais de semana e até de madrugada. O – bom – profissional, hoje, deixaria de ir ao funeral da própria mãe para, quem sabe, ir ao do patrão. Talvez seja esse o – insensível – perfil do novo profissional.
Tudo o que uma nação (como protetora dos direitos e interesses de seus “filhos”) quer é que esses mesmos filhos estejam todos empregados, alimentando a economia e o superávit do país, que eles sejam as pessoas mais alfabetizadas do mundo e a criminalidade a menor possível. Seria muito fácil se todos com diploma superior estivessem automaticamente empregados. Entretanto, estariam empregados até ser criado o próximo degrau na escala separatista de classes. Até a próxima avalanche de evolução tecnológica, talvez. Certo apenas é que cada pessoa sabe o caminho que quer seguir, então ela deve adequar-se para atingi-lo.
O trabalho dá a fonte de renda do indivíduo – ou da família – e é necessário. Mas existem limites – mesmo para o trabalhador mais obstinado. Então, leitores, lembrar sempre que, como disse Charles Chaplin em “O Grande Ditador”: “Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. (...) Não sois máquinas. Homens é o que sois.”
10 Comments:
Tipo, gostei...rsrsrsrs
Você daria um ótimo comentarista estilo Arnaldo Jabor. Você deve ser fã dele né? :)
Nusss!! Carlos c escreve mto bem!
Amei o texto!!!
TA de parabéns! Você devia ser jornalista... vc é um ótimo crítico!
beijosss
Nossa adorei o seu blog o seu texto muito legal....
muito legal oq ue tah esperando pra ser ecritor? demoro hehe
adorei te conhcer
beijinhus Fefa
Meio desconcertante esse texto.
É algo do tipo "seja bem vindo à realidade". Chega a ser forte. Gostei muuuuito...
Depois o intelectual sou eu, né?¿ Só porque eu uso óculos...
Tááááá,...sei...hehe...
Abrassuuuu, bunitu...
=)
Isso vai de encontro à minha teoria do ciclo evolucionista humano...
Existem limites para as coisas, mas o ser humano é gancioso e quer mais. Se todos parassem simultâneamente de trabalhar aos sábados, veríamos quem é mais forte: o sistema ou as células que o compõe.
Mas esse tipo de conscientização é quase impossível de acontecer, então vamos engolindo estes avanços, mesmo discordando deles.
Cara, eu não sabia que você escrevia tão bem... Menino talentoso... Achei muito legal o texto, fiquei um tempaço refletindo... Vou ver se de vez em quando dou uma olhada no seu blog.... adorei...
Ola......
bom....não poderia deixar de comentar sobre seu blog..é ainda um Baby......e vai ser um jovem/adulto mto lindo qdo crescer...
Parabéns guri
bjos da sua nova amiga..
Salve Chaplin! O Grande Ditador é muito bom. E eu adorei o que vc escreveu. Tá doido, isso de trabalhar fim de semana, madrugada e o cacete ao cubo não serve pra mim e não devia servir pra ninguém, mas o que a necessidade não faz né?
E eu concordo com esse rafael ae, vc daria um excelente comentarista estilo Jabor!
Bjs
Q primor!!!
q coisa mais bem escrita! Q critica maravilhosa a evolucao tecnologica..qta clareza...
nooosssa, qto elogio tb..nao sabia desse seu dom...so eu mesmo, q desperdico meu talento com poemas melosos...vou criticar mais, estilo meu txt da Suzane Richtoffen...
bjo bjo bjo
amo amo amo d+
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