quarta-feira, julho 20, 2005

Tempos Modernos?

Era uma vez... os tempos em que os “pais” saíam cedo de casa para trabalhar, voltavam para o almoço, iam trabalhar novamente e, logo à noite, voltavam para casa. Assim passavam-se cinco dias até o fim-de-semana. Folga nos sábados e domingos para o belo e feliz entretenimento em família - ou para pôr a casa em ordem, visitar os avós, o que fosse. Trabalho no fim-de-semana? Nem pensar... Sistematicamente, as semanas passavam assim. Porém, a evolução tecnológica das últimas décadas gerou automação industrial. As pessoas, em vez entrarem nas empresas, saíam. Selecionavam-se as mais “qualificadas”. Surgiu uma consciência comum entre todos – e de bom senso, não nego – de que os empregados mais qualificados e competentes seriam mais produtivos. Assim, (dizer que “para todos” é generalizar um pouco as coisas, mas) ter diploma, mestrado e ser um poliglota se tornaram pré-requisitos elementares para qualquer cargo mais vil.

O – bom – profissional, hoje, leva o trabalho para casa. O – bom – profissional, hoje, está disponível para o trabalho na hora de almoço, nos finais de semana e até de madrugada. O – bom – profissional, hoje, deixaria de ir ao funeral da própria mãe para, quem sabe, ir ao do patrão. Talvez seja esse o – insensível – perfil do novo profissional.

Tudo o que uma nação (como protetora dos direitos e interesses de seus “filhos”) quer é que esses mesmos filhos estejam todos empregados, alimentando a economia e o superávit do país, que eles sejam as pessoas mais alfabetizadas do mundo e a criminalidade a menor possível. Seria muito fácil se todos com diploma superior estivessem automaticamente empregados. Entretanto, estariam empregados até ser criado o próximo degrau na escala separatista de classes. Até a próxima avalanche de evolução tecnológica, talvez. Certo apenas é que cada pessoa sabe o caminho que quer seguir, então ela deve adequar-se para atingi-lo.

O trabalho dá a fonte de renda do indivíduo – ou da família – e é necessário. Mas existem limites – mesmo para o trabalhador mais obstinado. Então, leitores, lembrar sempre que, como disse Charles Chaplin em “O Grande Ditador”: “Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. (...) Não sois máquinas. Homens é o que sois.”

domingo, julho 10, 2005

Malditas Lagostas

E a televisão ganhou cores! A partir de então pudemos assistir a tudo o que se passava na caixa mágica com o colorido do mundo real. O azul do firmamento, o verde dos olhos da Nicole Kidman e o vermelho... hmm... das lagostas?! Ou seria o vermelho – aquele vermelho – que passa uma sensação de violência como o resultado de um golpe súbito? Como no filme ‘A Lista de Schindler’, todo em preto e branco, no qual uma pequena garota corria com um casaco vermelho. Era a única cor e retratava a violência. Sensação transmitida no decorrer da programação – aberta, é claro – sem censura e que não obedece a nenhum critério ou ética. Ou ainda pior: que não possui respeito pela razão elementar de sua existência, o público.

Acredito, caro leitor, que exemplificar violência ou um de seus atos seja irrelevante. É de maior praticidade qualificá-la: para todas as causas e efeitos, deixo claro que o uso da palavra violência, quando mencionada neste texto, fará referência tanto a atos de barbárie – física, desumana ou de natureza parecida, quanto àqueles atos que podem ser reconhecidos como violência intelectual – como o conteúdo (ou a falta dele) de um programa de domingo.

Deixando meu anúncio de utilidade pública de lado (vulgo parágrafo anterior) e retomando o manifesto: a programação – aberta, como já declarado – da televisão deveria ser, como em certos quadros, uma espécie de natureza morta. Portanto, seria preciso captar a alma das coisas, ressaltando os aspectos que mais impressionam os sentidos, destacando o seu caráter. Suas peculiaridades. Ao invés disso, a televisão perdeu sua peculiaridade. Um quadro em movimento que transmite som. Sem conteúdo. E daí? Deixou apenas de ser monocromática. De resto é monótona, monomaníaca e um monólogo. Monótona por sua uniformidade na programação (mais parece uma receita de bolo); monomaníaca pelo vício criado em programas sem conteúdo; e um monólogo por não ouvir o seu sócio-majoritário, o público. A escolha de programas deveria ser feita sempre pensando no telespectador.

Prezado leitor, fica aqui o meu apelo por uma televisão de melhor qualidade, com critérios definidos e conteúdo. Afinal de contas, prefiro sempre ver os olhos verdes da Nicole Kidman ao vermelho das... lagostas (?!).

Houston, temos um problema

E o Carlos fez um Blog! É, todos já ouviram dizer que milagres acontecem! Após muitos estudos, análises combinatórias e cálculos financeiros, estatísticos e geográficos, aqui está ele... o - ainda não tão - grande, fabuloso, inteligente, sexy (?), super-style... IMPÉRIO DA PRIMEIRA NAÇÃO GOVERNADA POR UM SÍMIO, OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA! -ops, isso é matéria para o próximo e -verdadeiro- post... Continuando... o M-A-R-AV-I-L-H-O-S-O: Harmonia da Dissonância!!! \o/ (não, não consegui encontrar nada melhor, ok?)
Será que vou dar conta de manter o blog? Não sei. Tentarei (à medida do possível) e quem sabe, vocês, leitores, verão algo legal aqui um dia...
Bem, quanto às atualizações: prentendo fazê-las semanalmente, mas podem ser feitas mais de uma vez por semana ou quem sabe não ocorrerem no tempo previsto... pois, caros leitores, saibam que eu
(se preparem para um choque) tenho uma vida real fora da Internet.
Todos os avisos e spoilers feitos, só me resta dizer: divirtam-se, comentem se quiserem, não se sintam ofendidos por qualquer crítica, ideologia parcial, estilo de vida ou trato de morte declarado aqui.
Agora com o blog... Bem... É um começo, né?!


Agora dá licença que vou pensar em um post menos cretino e mais audaz, ok?!

Obrigado.

d-.-b²² Allman Brothers Band - Don't Want You No More