terça-feira, janeiro 10, 2006

O mundo que me cerca

Ah... estava ouvindo All you need is love dos Beatles quando pensei: eu não penso como está escrito na letra... Então tem esse cara, Neil Gaiman, que diz que odeia o amor. E era algo assim:

Você já se apaixonou antes? Terrível, não é? Torna-te tão vulnerável. Ele abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que alguém pode entrar em sua vida e te bagunçar. Você constrói todas essas defesas, você constrói uma armadura inteira para que nada possa te machucar, então uma pessoa estúpida, nada diferente das outras pessoas estúpidas, vaga em direção à sua vida estúpida... Você dá a ela um pedaço seu. Ela não o pediu por ele. A pessoa fez alguma coisa boba, certo dia, como te dar um beijo ou sorrir pra você, e então a sua vida já não é a sua própria vida mais. O amor faz reféns. Ele se infiltra em você. Te devora e deixa chorando na escuridão, então uma frase tão simples como ‘talvez devêssemos ser apenas amigos’ se torna como uma estaca de vidro perfurando seu coração. Isso dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente. É uma ferida na alma, uma verdadeira ferida que entra em você e te despedaça. Eu odeio o amor.

E... pensando bem, isso não reflete meu estado atual, mas retrata meu ponto de vista como um todo. Às vezes, me vejo -incrivelmente- (talvez, unicamente) frio por ser (sempre) o meu primeiro plano. Às vezes, vejo as pessoas à minha volta -incrivelmente- ingênuas por se solidariezarem (sics!) com as outras pessoas. Fico pensando "por que diabos alguém teria pesares por uma pessoa alheia?". Se alguém puder me explicar, obrigado. O texto acima não diz tudo. E só pra liberar vocês rápido, tinha essa outra música, Hurt do Nine Inch Nails, e ela diz:

Eu me machuquei hoje
para ver se eu ainda posso sentir...
Eu me concentro na dor
A única coisa que é real
a agulha perfura um buraco
a velha punhalada familiar
Tenta tirar todos os problemas do caminho...
Mas, mesmo assim eu consigo me lembrar de tudo.
No que eu me tornei,
meu mais doce amigo?

Então, no meio daquelas meditações e daqueles dias oblíquos sobre reflexões sobre a vida, descobri que estou em um dos dois caminhos: cometendo um suícidio lento e auto-assistido ou vendo passivamente a queda de todo o mundo que me cerca.

Que dó!

Qual será?!

13 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Pow, não é tão mau assim. Só quando se leva um pé na bunda né...aheueahueaheaueh!!!
Texto show!!

10 janeiro, 2006 00:50  
Anonymous Anônimo said...

isso me lembra algo do tigermilk: "i don't love anyone...".

11 janeiro, 2006 01:52  
Anonymous Anônimo said...

Já li esse texto antes e ele me faz pensar numa música da Legião q diz o seguinte:

"Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado
A paixão já passou em minha vida
Foi até bom, mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado(...)
A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido
Feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor
Não quero mais"

14 janeiro, 2006 18:00  
Anonymous Anônimo said...

acho que a questão do amor não é tão complicada assim... faz parte do cotidiano, é inevitável á vida de qualquer ser humano, mas gera incertezas e, por isso ficamos muitas vezes debatendo este tipo de coisa.

quanto às opções do que é sua vida... não vale a pena refletir se essas são as únicas alternativas?

15 janeiro, 2006 04:31  
Blogger Carlos Maestre said...

Eu fui contraditório e ninguém se manifestou a respeito...
estranho, não?

15 janeiro, 2006 04:31  
Blogger Carlos Maestre said...

ps, renato:
não vale a pena! não quero frustrar ninguém e quero rir sozinho =P
afinal, eu sou a única pessoa que sabe as respostas às minhas perguntas... XD

15 janeiro, 2006 04:35  
Anonymous Anônimo said...

o texto mais verdadeiro q eu já li na vida.. AUHEAuehuAHAuh
como nao tinha pensado nisso antes?
nao presta

15 janeiro, 2006 15:34  
Anonymous Anônimo said...

Carlos

Sabe o q eu mais adimiro em vc?
Sua capacidade de colocar as coisas ao alcance do meu tq!
As palavras caem como se eu tivesse em meio a elas!
Tão reais q vc faz com q posso sentir!
Realmente tão abstrato e tão concreto!
Dorei msm!
bjo

15 janeiro, 2006 17:21  
Anonymous Anônimo said...

Tah apaixonado
uhauhauhauhau
tah apaixonado............
tah apaixonado............
=***************************

19 janeiro, 2006 15:56  
Anonymous Anônimo said...

é ... por mais que tentemos ser indiferentes a isso seria inevitável se envolver ...

e já q vc menciona músicas (aliás o amor do Beatles nos fala de um amor incondicional, imprescindível em sua forma mais abundante, e ñ no amor platônico como o do texto) deixo uns trechos de U2 (p/ variar)...


*** I could never take a chance
Of losing love to find romance
In the mysterious distance
Between a man and a woman
No I could never take a chance
‘Cos I could never understand
The mysterious distance
Between a man and a woman

You can run from love
And if it’s really love it will find you
Catch you by the heel
But you can’t be numb for love
The only pain is to feel nothing at all
How can I hurt when I’m holding you?

The soul needs beauty for a soul mate
When the soul wants… the soul waits …

For love and faith and sex and fear
And all the things that keep us here
In the mysterious distance
Between a man and a woman ***

PS: longoooo sorry... a letra ñ tá em ordem, U2 - A Man And A Woman

19 janeiro, 2006 23:54  
Blogger Carlos Maestre said...

Legal, Gabi...
Nocaute...
separar o "amor incondicional, imprescindível em sua forma mais abundante, e ñ no amor platônico como o do texto"

...
=X

20 janeiro, 2006 00:58  
Blogger Carlos Maestre said...

Ah sim! e respondendo a Gabriela... (não a Gabi)

não tô
não tô
não tô
não tô
não tô
não tô
não tô

20 janeiro, 2006 01:01  
Blogger Laura Hastenreiter Fialho said...

oi... amor é um ser utopico!!! convivencia rotineira resulta em necessidades... ce é q vcs me entendem!!! entra dpois no meu blog é a sua cara!!!bjokas

21 março, 2006 08:18  

Postar um comentário

<< Home